quinta-feira, 22 de outubro de 2009

COMO É ESSA TAL DE GASTRECTOMIA VERTICAL?



Ainda em fase de experiência,


A gastrectomia vertical, que tira um pedaço menor do estômago e mantém todas as suas conexões originais, sem desvios nem atalhos. "Por ser nova e ainda pouco testada, essa cirurgia por enquanto é recomendada só para obesos anêmicos, que tenham deficiência de cálcio e vitaminas, e também para os muito jovens ou muito idosos, que precisam receber todos os nutrientes", explica Thomas Szegö, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM). À medida que for passando pelo teste da prática, a técnica poderá se tornar dominante.
Na versão hoje mais comum da derivação gástrica, chamada de cirurgia de Fobi-Capella, realizada em cerca de 75% dos casos, a redução chega a alcançar 95% do estômago. A pequena parte que continua funcional – situada justamente no ponto de menor elasticidade – é ligada à porção média do intestino. Por causa desse atalho, a absorção dos nutrientes diminui drasticamente. A parte isolada do estômago continua produzindo suco gástrico, que é eliminado pelas vias normais, e não precisa ser removida. Já a gastrectomia vertical não altera o caminho seguido pelos alimentos, mas elimina a porção ociosa do estômago. Essa parte, equivalente a cerca de 80% do estômago, é cortada e retirada – o que torna a cirurgia, evidentemente, irreversível. "O que sobra é grampeado. Como o corte é feito ao longo do estômago, ele vira um tubo gástrico que segue do esôfago ao duodeno, na sua sequência normal", diz Szegö. A cirurgia pode ser feita por laparoscopia, às vezes com um corte de 2 centímetros na altura do umbigo, contra 6 da operação tradicional. O tempo de internação diminui para dois dias e a dieta é menos restritiva – e todo mundo já ouviu histórias sobre o sofrimento, e os abusos, de obesos operados que só podem comer porções de passarinho. Ainda não reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina, mas regulamentada pela Sociedade desde julho, a nova técnica parece ser tão eficiente quanto a derivação gástrica. A cirurgia bariátrica de qualquer tipo é indicada para obesos mórbidos cujo índice de massa corpórea (IMC) esteja acima de 40 ou na faixa de 35 no caso de pessoas que sofrem de doenças associadas ao peso excessivo, como diabetes ou hipertensão.
Como acontece com frequência na medicina, a eficiência da gastrectomia vertical foi descoberta por acaso. Praticada há cerca de trinta anos como parte inicial de um procedimento mais complexo recomendado principalmente em casos extremos de obesidade, a técnica foi experimentada em 2002 pelo médico canadense Michel Gagner como primeira parte de uma cirurgia bariátrica em duas fases. Mas um grande número de pacientes perdeu cerca de 70% do excesso de peso apenas com a gastrectomia, sem necessidade de passar pela segunda etapa do procedimento. "Acreditava-se que, sem alterar a parte intestinal, a perda de peso não seria tão significativa. Hoje se sabe que sem o fundo do estômago, onde é produzida a grelina, comumente chamada de hormônio da fome, o paciente sente menos vontade de comer e fica mais saciado", diz o cirurgião Ricardo Cohen, que faz operações bariátricas desde 1996 e participou de um estudo com obesos que tinham IMC acima de 50. Entre seus operados havia onze reis momos – hoje, todos bem mais esbeltos. Numa das poucas pesquisas comparativas realizadas até agora, Gustavo Peixoto, professor assistente do Departamento de Cirurgia da Universidade Federal do Espírito Santo, operou no ano passado 65 mulheres obesas, 32 por derivação gástrica e 33 por gastrectomia vertical. Os primeiros resultados, um ano depois, indicam que a perda de peso e o controle de doenças como diabetes e hipertensão foram iguais nos dois grupos. A gastrectomia confirmou vantagens em relação à absorção de nutrientes; a derivação gástrica se mostrou mais eficiente na diminuição do mau colesterol e dos triglicérides. "No momento, a gastrectomia é recomendada como plano B, para obesos com doenças do fígado, inflamação intestinal, pancreatite ou anemia – pacientes até então excluídos do tratamento cirúrgico e que finalmente encontraram uma alternativa", diz Peixoto. "Mas tudo indica que a longo prazo ela vai assumir o primeiro lugar de cirurgia bariátrica."

5 comentários:

  1. Oi,tb estou ja me preparando para fazer a cirurgia e vou fazer exatamente esta!!!
    espero que tudo dê certo...pra nós duas!!!

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  2. Oi ;tb estou no preparativo p/ fazer esta mesma cirurgia ;estou muito anciosa por ficar esperando o dia q vai ser daqui a um mes ;estou confiante no meu senhor JESUS Q TUDO VAI DAR CERTO......

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  3. Gostaria de saber o valor aproximado da cirurgia Gastrectomia Vertical, desse tipo que corta-se 80% do estômago e nada de colocar banda ou tubos de desvio. Só cortar o estômago com o grampeador linear, com carga de titânio. Esse tipo de cirurgia é o de menor risco, pois não tem perigo de rejeição ou vazamentos. O grampeador linear, grampeia com dezenas de micro grampinhos de titâmio, que é um material semelhante ao nosso osso e depois faz o corte vertical. O pedaço que foi cortado é descartado e aí a cirurgia é irreversível. Abraços a todos.

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  4. Olà , foi exatamente esta a cirurgia que eu fiz . A opção era Capela ou esta , nós , eu e o médico escolhemos esta justamente por causa da prevenção da anemia e por ficar com um reservatório maior . O porém , é que a perda de peso é menor do que outras , já que com reservatório maior , come-se mais , em outras cirurgias a perda de peso no primemiro mês é mais acentuada . há relatos de pessoas que perderam até 30 quilos nos primeiros 40 dias . Nesta , aos 40 dias pós cirurgia eu havia perdido 15 quilos .

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  5. Eu fiz esta cirurgia a 45 dias. e realmente ja perdi 15k.Mas no meu caso foi preciso fazer a cirurgia Vertical, pois eu estava com problemas no figado.Mas em compensação, ja não tomo mais remedios para pressão e para diabetes.Estou muito bem e no meu caso não foi posto o anel. De vez enquanto te escreverei pra te falar como vou indo. Abraços

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